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Reaproveitamento da Água

Reaproveitamento da Água

água

A água é suficiente para todos, independente das chuvas, desde que a gente use com muita responsabilidade. O Rio de Janeiro tem o maior consumo per capita do país, 329 litros por dia e ainda deperdiça mais de 30% do que trata, atacando nas duas frentes, certamente garantiremos água para todos.

Muito se fala de como podemos reduzir o consumo, acho que as medidas mais efetivas acabaram se tornando banais e com isso muitas vezes acabamos nos esquecendo de adotá-las no dia-a-dia, de qualquer forma, todos sabemos que temos que reduzir o tempo no banho, juntar roupas antes de lavá-las, usar balde para lavar o carro, não usar mangueiras para lavar calçadas, caixas acopladas com descarga de duplo fluxo etc.

Existem outras medidas que são menos óbvias e que fariam grande diferença, principalmente quando se trata de chuveiros a gás.

1- O tempo que demora em chegar a água quente ao chuveiro, a depender da distância do aquecedor, pode consumir até 10 litros de água, em uma residência de três pessoas, são 900 litros desperdiçados por mês. Multiplique pelas milhares de residências.

Sugestão: recolher essa água em baldes e utilizar nas descargas, para lavar quintal e varandas e ainda regar as plantas.

2- Regulagem do aquecedor, poucos atentam a esse detalhe, grande parte das pessoas têm aquecedores regulados para levar a água quente quase fervendo ao chuveiro e depois regula a temperatura com o uso da água fria. Aqui temos dois problemas, o primeiro é o consumo elevado de gás sendo que será necessário esfriar uma água que foi aquecida além do que precisava e segundo, será necessária uma vazão de água muito maior para garantir a temperatura ideal.

Sugestão: regular a chama do gás para que água chegue ao chuveiro na temperatura ideal.

3- Manutenção do aquecedor, qualquer tipo de falha no equipamento ou até mesmo a falta de pilhas fará com que a água não esquente e por consequência seja desperdiçada pelo ralo.

Sugestão: a manutenção periódica e a troca das pilhas garantirão não somente a redução do consumo como também a sua segurança em casa.

Outras medidas

Além da água limpa e potável que desperdiçamos, temos ainda outras águas que podem ser reaproveitadas, a principal e de maior volume é a água com sabão da máquina de lavar roupas, essa água pode ser coletada facilmente em recipientes para uso também nas descargas e para lavagem de áreas maiores, como áreas comuns, varandas, quintais etc.

Sistemas de coleta e armazenamento de água de chuva também são bem-vindos, mas dependem das chuvas que são inconstantes.

Essas são medidas simples que nos desafiam a mudar nossos hábitos, a combater o luxo que acreditamos que podemos ter, mas só conseguimos desperdiçar o que temos em abundância, o que não é o caso dos nossos recursos naturais, sobretudo, a água.

 

Renato Moreno Munhoz

renato@condominiosimples.com.br

21-97932-1878

Os Condomínios e o Racionamento de Energia Elétrica

Os Condomínios e o Racionamento de Energia Elétrica

 

carvão

 

Vendo sendo comentado na mídia nos últimos dias o risco que a falta de chuvas pode causar ao sistema elétrico, quando não chove, as usinas hidrelétricas ficam sem seu principal insumo, a água.

Parece um circulo vicioso, a falta de água obriga o governo a ativar as usinas térmicas para suprir as necessidades de energia elétrica das residências e empresas. O uso nas usinas térmicas, além de muito mais caro, emite gases do efeito estufa e geram além de energia, calor. Todos esses elementos contribuem para o aquecimento do planeta e consequentemente as mudanças climáticas, mais calor, menos chuvas etc. Voltando ao ponto inicial, onde o remédio pode estragar mais do que a doença.

E onde estamos nessa história? Somos os grandes consumidores de energia, não digo que devemos abdicar das conquistas modernas, ar condicionado, geladeira, iluminação, diversão, mas sim que utilizemos os recursos com eficiência.

Já foram postados aqui vários artigos sobre formas de se reduzir o consumo sem abrir mão do benefício, mudanças de procedimento, substituição de equipamentos por outros que consomem menos energia, desligar o que não está sendo utilizado e não superdimensionar as necessidades são apenas alguns exemplos.

O uso racional de energia não vai somente evitar um iminente racionamento, mas evitar a necessidade de mais usinas térmicas, evitar a necessidade por mais hidrelétricas, isso significa menos uso de gás, carvão, menos emissões de CO2, menos áreas alagadas, menos desmatamento, menos indígenas desapropriados.

Uma lâmpada ao ser apagada pode parecer algo insignificante se comparado ao universo de lâmpadas, mas um milhão de lâmpadas apagadas começam a fazer a diferença, faça você a diferença!

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Renato Munhoz

21-9432-2321

sindicoeasyway@gmail.com

www.sindicoprofissionalrj.wordpress.com

Contribuindo para a Sustentabilidade no Trânsito

Contribuindo para a Sustentabilidade no Trânsito

Como conciliar uma relação que envolve desejo, tecnologia, velocidade, poluição, (i)mobilidade e liberdade em um planeta cada vez mais complexo e caótico?

O apelo pelo consumo despeja a cada dia mais alguns milhares de veículos nas ruas das cidades sem uma política de retirada de carros, ônibus e caminhões antigos e altamente poluidores.

Sem políticas públicas que melhorem a vida das pessoas, com um programa de retirada de veículos velhos e implantação de ciclovias com incentivos aos usuários de bicicletas, além de (não) contarmos com um transporte público eficiente, resta para muitos como última alternativa o carro. Mesmo assim é possível dar a sua pequena contribuição para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Todo mundo sabe que o anda-e-para do trânsito das grandes cidades é um grande vilão para o bolso do consumidor e também para a vida útil das peças do automóvel.

Assim como é importante realizar a manutenção preventiva de alguns componentes regularmente, com a intenção de evitar gastos ainda maiores, mudar alguns hábitos na direção pode ajudar a economizar combustível.

Mudança de hábito

 

Economizar o combustível é sinônimo de mais dinheiro na carteira. Veja as dicas a seguir e aprenda a melhorar o desempenho do veículo:

1. De repente: evite acelerar ou frear bruscamente quando não for necessário;

2. Janelas fechadas: principalmente na estrada, dê preferência por andar com as janelas fechadas, pois a redução da resistência do ar é revertida na economia de combustível;

3. Chega de peso: não carregue mais peso do que a capacidade de seu carro. O consumo será maior e irá acarretar um desgaste da suspensão, dos freios e dos pneus. Cada 50 kg de peso excedente no veículo serão responsáveis pelo aumento de 1% no consumo de combustível;

4. Atalhos: procure caminhos alternativos. Às vezes é mais vantajoso andar um pouco mais do que ficar no anda-e-para dos engarrafamentos;

5. No giro certo: respeite o conta-giros, troque as marchas na rotação indicada;

6. De olho no frentista: não encha o tanque de combustível até a boca, pois uma parte deste combustível acaba se perdendo pelo bocal ou pela válvula de alívio. Por isso, peça para o frentista encerrar o abastecimento assim que o gatilho da bomba desarmar;

7. Lembre-se de abastecer: não ande com o tanque na reserva, pois essa atitude faz com que resíduos que ficam no fundo do tanque sejam sugados para dentro do motor, entupindo os bicos injetores;

8. Enchendo de ar: calibre semanalmente os pneus, pois quando eles estão abaixo do indicado pelo fabricante do veículo, o consumo de combustível aumenta;

9. Tire a chave: sempre que o veículo for ficar parado por mais de dois minutos, desligue o motor;

10. Controle o consumo: crie o hábito de anotar a quantidade de combustível abastecida e a quilometragem percorrida. Use uma planilha para acompanhamento e, a qualquer sinal de aumento de consumo, procure um mecânico.

O ideal é deixar o carro em casa, faça isso sempre que possível, priorize fazer as suas compras perto de casa, use carrinhos de compras e ecobags, utilize mais a bicicleta e os meios de transporte coletivos. Pratique a carona solidária, saia com a família, ao invés de sair um em cada carro, por exemplo.

Atitudes sustentáveis dependem de mudanças de hábitos urgentes, vamos colocá-los em prática. A chave da sustentabilidade é o equilíbrio.

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Renato Moreno Munhoz – 21-9432-2321
sindicoeasyway@gmail.com

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Aquecedores de água à gás – O problema não é só do morador

Aquecedores de água à gás

Muitos aspectos podem ser abordados sobre os aquecedores, podemos tratar o consumo de gás, de água, descarte apropriado de materiais e segurança e por isso também deve ser uma preocupação do administrador do condomínio, além dos moradores.

O primeiro passo é a escolha de um equipamento classificado como de eficiência enérgética tipo A e contratar a instalação de um profissional capacitado, que garantirá o seu bom funcionamento e a segurança. Isso é o básico para qualquer aquecedor, existem diversos tipos no mercado, com diferentes caracteristicas e formas de acionamento.

Local de instalação

Em condomínios novos ou durante obras, quando possível é interessante a instalação dos aquecedores em local próximo de onde será o uso (chuveiro ou torneira), a água fria que está no cano e o tempo para aquecer provoca perda da água fria, além do fato de haverem perdas de calor durante o trajeto da água. Essa água pode ser coletada em baldes ou bombonas para rega de plantas ou despejo no vaso sanitário, a perda pode chegar de 10 a 15 litros por banho, em um grande condomínio isso se transforma em milhares de litros, no caso do meu condomínio são mais de 1.500 litros de água totalmente limpa perdidos todos os dias.

Existe no mercado um aquecedor para chuveiros adequado para banheiros com ótima circulação de ar, este elimina perdas de calor e por estar conectado direto ao chuveiro não desperdiça a água fria presente no cano.

Quase todos os problemas vêem depois da instalação do equipamento, que é a correta regulagem e manutenção, e é por isso que a revisão deve ser lembrada, cobrada ou contratada pelo condomínio e ocorrer de forma periódica.

Itens que devem ser verificados

  • Vazão da água – não coloque a vazão da água no máximo, sempre sairá mais água do que necessita, gerando desperdício.
  • Controle da chama dos queimadores – a regulagem muito alta da chama pode causar o desperdício tanto de gás quanto de água.

Imagine que o seu aquecedor aquece a água a uma temperatura superior aquela que você suporta, para isso você tem duas alternativas pouco sustentáveis, a primeira aumentar o fluxo da água com consequente redução da temperatura, mas com aumento de consumo de água, a segunda opção seria ligar a água fria, que misturada à quente a resfriaria, nesse caso você já gastou gás para aquece-la e depois teve que resfriá-la.

A solução é controlar a vazão do gás no registro, de modo a garantir que a quantidade de água seja suficiente e que a temperatura esteja ideal.

Hoje já existem aquecedores com sensores de temperatura que controlam a da chama e entregam a água na temperatura ideal, é o mais recomendado para quem pode gastar um pouco a mais.

  • Pilhas – grande parte dos aquecedores funcionam com pilhas, aqui estão dois problemas, o primeiro é a falta de troca periódica, as pilhas velhas retardam o acionamento da chama enquanto a água continua a correr, a demora no aquecimento da água gera desperdícios principalmente nos banhos. Nesse caso recomendo a troca das pilhas e o uso de pilhas alcalinas com maior capacidade e tempo de uso.

Descarte – Lembro que as pilhas NUNCA devem ser jogadas no lixo comum, elas possuem metais pesados altamente poluentes. Alguns lugares recolhem e reciclam as pilhas e baterias usadas, um exemplo é o Banco Santander.

Resumo de recomendações

  • Compra de equipamento eficiente
  • Instalação segura e em local próximo ao uso
  • Controle da vazão de gás e água
  • Troca periódica e descarte adequado das pilhas

 

condominiossustentaveis@gmail.com